As halófitas são plantas que crescem em zonas costeiras, sendo a mais conhecida a salicórnia, uma planta que é usada na alimentação como substituto do sal.
Elsa Rodrigues, investigadora no Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra (CFE UC), está a avaliar a segurança alimentar de macroalgas e de plantas halófitas da costa portuguesa.
Este trabalho surgiu por um aumento do consumo de macroalgas e de halófitas nas populações ocidentais.
Por esse motivo, no final de 2021 a Organização Mundial de Saúde reuniu os maiores especialistas em segurança alimentar para debater este problema. Desta reunião surgiu o alerta para a possível presença de agentes patológicos como o norovírus ou a salmonela nestas plantas.
Estes agentes estão associados a distúrbios gastrointestinais graves no ser humano.
Com este mote, a equipa de Elsa Rodrigues decidiu fazer a prospeção destes agentes patológicos na costa portuguesa. Foram então recolhidas amostras de macroalgas e de plantas halófitas de norte a sul do país.
Não foi detetada a presença de norovírus nestas amostras, no entanto foi detetada a presença de salmonela em amostras recolhidas numa praia no concelho de Cascais.
“Isto dá-nos um alerta para que a população não recolha alimentos em meio natural para consumo em casa”, reforça.
Paralelamente, Elsa Rodrigues foi também verificar se a norma internacional para deteção de norovírus que se aplica a vegetais, podia também ser aplicada a estas plantas.
“Conseguimos validar o método para macroalgas verdes e vermelhas, assim como para plantas halófitas, no entanto verificámos que este método tem de ser otimizado para a análise de macroalgas castanhas”, revela.
Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate