Para proteger a população residente de golfinhos no estuário do Sado estão a ser desenvolvidos protocolos de proteção para minimizar o impacto das obras do porto de Setúbal nestes animais.
Manuel Eduardo dos Santos, professor no ISPA – Instituto Universitário e investigador no MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, tem focado a sua investigação no estudo desta população de golfinhos residente no estuário do Sado e nas águas costeiras adjacentes.
“Estes golfinhos vivem numa zona com muita atividade humana, muita atividade marítima e naturalmente tem que ser avaliado e estudado o impacto que estas atividades podem causar, nomeadamente a questão do ruído subaquático”, alerta.
Recentemente foi anunciada a realização de obras de afundamento de algumas zonas do canal de navegação do porto de Setúbal. Este afundamento será feito por dragagem, uma atividade que pode perturbar não só os golfinhos como o ecossistema do estuário do Sado.
Nesse sentido, Manuel Eduardo dos Santos foi convidado a colaborar com a administração do porto de Setúbal para desenvolver um estudo sobre as condições em que a obra pode ser feita de modo a ter o mínimo impacto possível sobre os golfinhos, não só do ponto de vista do ruído subaquático mas também das alterações que possam ocorrer no ecossistema em que eles habitam.
“Colaboramos também no desenvolvimento de medidas de mitigação, nomeadamente protocolos de interrupção dos trabalhos, caso seja detetado perigo iminente para os golfinhos de maneira a que esta obra possa ser feita em condições do menor impacto possível”, revela.
O investigador espera que estes protocolos protejam a população de golfinhos residente no estuário durante as obras de afundamento do canal de navegação.
Saiba mais sobre o investigador em: MARE | ISPA
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