Estes blocos têm texturas e elementos 3D que ajudam crianças com deficiência visual a aprender a programar.
Filipa Rocha, aluna de doutoramento da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e investigadora no LASIGE e no ITI/LARSYS, está a ensinar crianças a programar usando um sistema de blocos físicos que permitem controlar um robô.
“O uso de blocos já é bastante comum principalmente em programas virtuais e visuais para as crianças começarem a aprender os conceitos mais básicos de programação. A nossa ideia foi transformar os blocos em algo físico e tangível que as crianças pudessem brincar e pensar ao mesmo tempo, criando assim uma abordagem mais acessível”, conta.
As texturas e os elementos 3D presentes nestes blocos ajudam crianças com deficiência visual a identificar cada um dos blocos e a construir sequências que depois podem ser usadas para programar o robô. Este robô é capaz de se movimentar e de emitir sons e luzes que ajudam as crianças a perceber o resultado da sua programação através do comportamento do robô.
Em Portugal temos um sistema educativo inclusivo, ou seja, as crianças com deficiência visual estão inseridas em salas de aulas regulares. Contudo, existem certas atividades em que elas não têm o mesmo tipo de acesso, nem o mesmo tipo de oportunidades, como é o caso da educação tecnológica.
“O nosso objetivo com este sistema é que as crianças com deficiência visual tenham o mesmo tipo de oportunidade e de acesso à educação através de um sistema mais físico e que lhes dá diferentes estímulos para além do visual”, explica.
Saiba mais sobre a investigadora em: twitter | Linkedin | FCUL
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