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Ep. 1035 Rui Salgado – E se fosse possível prever onde um raio vai cair?

February 26, 2021

ep1035_interiorEsta investigação está a desenvolver um sistema de prevenção de fogos florestais que é capaz de prever os locais mais propícios à queda de raios durante uma tempestade.


Rui Salgado, professor no Departamento de Física da Universidade de Évora () e investigador no Instituto de Ciências da Terra (ICT), está a desenvolver um estudo sobre a possibilidade de estimar a probabilidade de ocorrência de descargas elétricas que podem dar origem a incêndios florestais.

Este estudo encontra-se inserido no Centro Ibérico de Investigação e Combate a Incêndios Florestais (CILIFO), um projeto cujo objetivo é o fortalecimento da cooperação entre universidades e sistemas de protecção civil na Andaluzia e no Sul de Portugal.

A ideia por trás deste estudo é verificar com que qualidade é hoje possível prever corretamente a ocorrência e a localização de descargas elétricas nuvem-solo, com base em simulações numéricas e em modelos de previsão do tempo.

O objetivo é desenvolver um sistema capaz de sinalizar as zonas com o maior grau de probabilidade de queda de um raio que possa dar origem a um incêndio florestal.  

Os resultados obtidos com este trabalho demonstraram que este modelo pode ser utilizado para estimar as regiões com maior probabilidade de ocorrência de incêndios florestais provocados pela queda de um raio.

Para chegar a esta conclusão, os resultados de previsão deste modelo foram comparados com registos reais de incêndios provocados por descargas elétricas nuvem-solo.

No entanto, segundo Rui Salgado, apesar destes modelos serem capazes de prever a ocorrência destas descargas elétricas, eles necessitam de um custo operacional e computacional que não é compatível com a sua utilização no terreno.

“Estes resultados podem ser úteis no futuro para o desenvolvimento de um sistema operacional para a avaliação de risco natural de ignição de incêndios, partindo de modelos de previsão atualmente utilizados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA)”, revela.

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | ICT |

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