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Ep. 1083 Ana Martins – E se pudéssemos deixar o nosso carro a render enquanto estamos a trabalhar?

May 05, 2021

ep1083_interiorEste estudo está a avaliar a implementação de um futuro sistema de partilha de veículos autónomos entre cidadãos.


Ana Martins, aluna de doutoramento no Instituto Superior Técnico (IST) no âmbito do programa MIT Portugal e investigadora no CERIS – Investigação e Inovação em Engenharia Civil para a Sustentabilidade, quer compreender como funcionaria um sistema de partilha de veículos autónomos entre cidadãos na cidade de Lisboa.

“A minha investigação é sobre veículos autónomos partilhados entre cidadãos, pondo isto por outras tens palavras a ideia é, eu comprei um veículo autónomo e uso o veículo para me deslocar. Saio de casa pelas nove da manhã, vou trabalhar e até às cinco da tarde o meu veículo está estacionado na garagem ou a pagar parquímetro lá fora. Em vez disso, por que não pôr o carro a trabalhar, a fazer de táxi ou de Uber, e responder às necessidades de mobilidade dos cidadãos em Lisboa?”, questiona.

Num futuro em que os carros autónomos são uma realidade, Ana Martins está a estudar a possibilidade de deixar o seu carro a render durante os períodos do dia em que este normalmente estaria parado.

“A ideia é rentabilizar o carro enquanto ele está parado. Às cinco da tarde eu preciso do carro para regressar a casa e então ele vem-me buscar e leva-me a casa, como se fosse uma espécie de AirBnB dos veículos autónomos”, explica.

Para fazer esta análise, a estudante de doutoramento desenvolveu um modelo de partilha de veículos autónomos entre pares integrado com um modelo das viagens realizadas pelos habitantes da capital portuguesa.

A partir destes dados foi possível simular a operação de uma frota de veículos autónomos na cidade de Lisboa.

“Trabalho com cenários de mobilidade no futuro e aplico o referente de mobilidade para analisar os impactos que uma solução deste tipo pode trazer à cidade de Lisboa”, reforça.

Através destes modelos Ana Martins espera compreender a viabilidade deste sistema não só no que toca aos ganhos para o utilizador mas também como uma alternativa de mobilidade em ambientes urbanos.

Saiba mais sobre a investigadora em: IST

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