Este projeto está a desenvolver ações de mitigação do impacto de espécies invasoras nestes habitats marinhos.
Ana Sousa, investigadora no Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) no Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro (UA), está a desenvolver o projeto BioPradaRia, uma iniciativa que tem como objetivo principal a recuperação, gestão e conservação das pradarias marinhas na Ria de Aveiro.
Um dos fatores de perturbação das pradarias marinhas da Ria de Aveiro é a presença de uma espécie exótica invasora de poliqueta, um tipo de minhoca marinha, introduzida na ria em 2009.
Desde essa data que esta espécie tem vindo a aumentar a sua distribuição na Ria de Aveiro o que tem ameaçado diferentes habitats de ervas marinhas.
No âmbito do BioPradaRia uma das tarefas que está a ser implementada são atividades de recuperação que visam a mitigação dos efeitos negativos causados por esta poliqueta.
“O que temos feito é a aplicação de uma membrana natural que impede a remobilização do sedimento que está por baixo das ervas marinhas, promovendo a recuperação destas áreas através do transplante de ervas marinhas”, revela.
A recuperação e a conservação dos habitats das pradarias marinhas irá permitir, a médio e a longo prazo, um aumento da biodiversidade local, e dos serviços prestados por este ecossistema, nomeadamente o aumento da capacidade de sequestro de carbono por parte das ervas marinhas.
Ao recuperar as pradarias marinhas da Ria de Aveiro será possível aumentar o carbono azul e contribuir para uma mitigação das alterações climáticas a nível local.
O projeto “BioPradaRia – Restauração, gestão e conservação da biodiversidade e recursos biológicos associados aos ecossistemas de pradarias marinhas da Ria de Aveiro” é financiado no âmbito do programa MAR2020 e pela União Europeia através do FEAMP – Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | CESAM
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