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Ep. 1174 Joana Lima – Investigadora estudou a coleção de fósseis de invertebrados do Museu Nacional do Rio de Janeiro

October 14, 2021

ep1174_interiorEsta colecção é composta por mais de 10 mil fósseis de invertebrados do Brasil, EUA e da Europa.


Joana Lima, investigadora no CHAM – Centro de Humanidades da Universidade Nova de Lisboa (UNL), estudou a coleção de paleoinvertebrados do Museu Nacional do Rio de Janeiro com o objetivo de conhecer a história e o processo de formação desta coleção.

Nesta coleção é possível encontrar mais de 10 mil fósseis de invertebrados, muitos deles com centenas de milhões de anos de idade. Os invertebrados são o primeiro registo de vida complexa na Terra.

Grande parte desta coleção foi oferecida ao museu pelo paleontólogo Kenneth Edward Caster, da Universidade de Cincinnati (Ohio, EUA), que recolheu um extenso número de fósseis de invertebrados em diversos trabalhos de campo realizados no Brasil na década de 1940.

Para estudar esta coleção, Joana Lima recorreu a um método usado pela História que consiste na análise sistemática de dados de um determinado grupo e que visa encontrar pontos comuns dentro desse grupo.

Neste caso, Joana Lima selecionou um conjunto composto por cerca de 10400 itens presentes na colecção de paleoinvertebrados do Museu Nacional do Rio de Janeiro.

Através da aplicação deste método, a investigadora percebeu que esta coleção é composta por 71 subcoleções e outros três conjuntos que não se enquadram nos critérios do método aplicado.

Com esta informação Joana Lima conseguiu perceber a teia de relações que está à volta da constituição desta coleção, e a partir daí construiu as narrativas biográficas para cada um destes 71 conjuntos.

Este método poderá ser aplicado a outras coleções de História Natural com o objetivo de perceber o panorama do património paleontológico preservado em museus.

Muitas das coleções preservadas no Museu Nacional do Rio de Janeiro sucumbiram ao incêndio que dizimou o edifício em 2018. No entanto, grande parte da coleção de paleoinvertebrados conseguiu sobreviver a esta tragédia.

Saiba mais sobre a investigadora em: twitter | Linkedin | CHAM

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