Foram identificados neste nemátodo dois compostos que se mostraram eficazes no controlo desta praga.
Nélson Simões, professor na Universidade dos Açores (UAC) e investigador no Centro de Biotecnologia dos Açores (CBA), está a estudar o uso de um nemátodo para o controlo de pragas agrícolas. Este nemátodo é um parasita que infeta insetos e que se mostrou eficaz no controlo do escaravelho japonês.
“Desde há vários anos que trabalhamos no controlo biológico de pragas agrícolas. Nós trabalhamos com um agente patogénico, um nemátodo, que parasita especificamente insetos, e utilizamo-lo como controlador biológico do escaravelho japonês que é uma praga que nós temos aqui nos Açores”, conta.
O laboratório de Nélson Simões tem-se preocupado em identificar quais as moléculas bioativas produzidas por este nemátodo que são mais eficazes para o controlo desta praga.
Mais recentemente foram analisados os transcritos genéticos deste nemátodo tendo sido descoberta a existência de sequências que codificam para pequenos péptidos.
Através de uma analise bioinformática foi possível concluir que estes péptidos tinham potencialmente uma atividade nociva sobre o inseto.
A partir daí foram selecionados dois desses péptidos e neste momento a equipa de Nélson Simões está a estudá-los para perceber as especificidades de ação destes péptidos no inseto, no sentido de melhorar a sua atividade tóxica e assim desenvolver um método eficaz e preciso para o controlo desta praga.
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