O objetivo é desenvolver um dispositivo móvel e de baixo custo que permita detetar microplásticos de forma rápida e fidedigna.
Luís Gonçalves, docente no Departamento de Eletrónica da Universidade do Minho (UM) e investigador no CMEMS – R&D center for Microelectromechanical Systems, está a desenvolver um dispositivo capaz de medir e monitorizar a presença de microplásticos em sistemas aquáticos e em estações de tratamento de água.
“Os microplásticos têm sido um dos maiores problemas de poluição dos oceanos nos últimos tempos. Não só nos oceanos mas também nos rios e em outros cursos de água. Os microplásticos têm atraído a atenção da comunidade científica por causa dos efeitos nocivos que provocam quer no meio ambiente, quer na própria saúde pública”, conta.
Neste contexto é importante ter um programa de monitorização de microplásticos para saber quantos existem e como estão distribuídos. Só desta forma será possível direcionar esforços para proteger o meio ambiente e a saúde humana.
Atualmente para identificar e quantificar os microplásticos que existem num determinado meio são usados equipamentos de laboratório que são bastante caros e volumosos. Ainda não existe uma metodologia que permita medir a quantidade de microplásticos num determinado local e de forma rápida.
Este projeto pretende assim criar um dispositivo que possa medir a presença de microplásticos em contínuo no oceano, com uma combinação inovadora de tecnologia como lab on a chip, e citometria optoacústica utilizando infravermelhos.
Com esta tecnologia será construído um dispositivo portátil, autónomo, e de fácil operação, que possa ser colocado massivamente nos oceanos, nos rios, e nas ETARs, para medir os microplásticos existentes nestes sistemas hídricos.
Este projeto é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e está a ser desenvolvido em parceria com a Universidade de Vigo, em Espanha.
Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | CMEMS