A xylella fastidiosa é uma bactéria que afeta sobretudo as oliveiras e que foi já responsável pela morte de milhares de árvores no sul da Europa.
Isabel Rodrigues, investigadora no CIMO – Centro de Investigação de Montanha do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), está a caracterizar a abundância e a diversidade genética dos insetos vetores da xylella fastidiosa com o objetivo de desenvolver novos métodos para travar a transmissão desta doença.
A xyllela fastidiosa é uma bactéria fitopatogénica gram-negativa que foi identificada pela primeira vez na Europa em 2013 no sul de Itália, onde tem dizimado centenas de oliveiras, incluindo oliveiras centenárias e milenares.
Em Portugal, esta bactéria foi primeiro detetada em 2019, existindo atualmente já 18 regiões demarcadas de xylella fastidiosa no nosso país.
Esta bactéria é transmitida por via de insetos vetores que infetam as árvores através do contacto com os fluídos destas plantas, mais concretamente com o xilema.
Isabel Rodrigues está a trabalhar com os insetos vetores desta bactéria com o objetivo de detetar e identificar a diversidade e a abundância destes insetos em diferentes agrossistemas em Portugal.
“Comecei por trabalhar em vinhas de diferentes regiões vinícolas, estudei o olival, a amêndoa e o amendoal em Trás-os-Montes, e depois os citrinos na região do Porto, que foi onde foi detetado o primeiro caso de xylella fastidiosa em Portugal”, conta.
Com este estudo Isabel Rodrigues pretende contribuir para o aumento do conhecimento sobre a diversidade e a abundância dos insetos vetores desta bactéria, mas também para testar como diferentes cultivares respondem à presença destes insetos, e identificar quais aquelas que são mais suscetíveis a serem infetadas por esta doença.
Está também a ser realizado um ensaio de biocontrolo onde é testado o uso de aranhas para predar os insetos vetores desta doença.
Isabel Rodrigues espera que com estes estudos seja possível desenvolver medidas mais sustentáveis para controlar os insetos vetores e assim prevenir a disseminação desta bactéria.
Saiba mais sobre a investigadora em: CIMO
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