Este modelo é capaz de identificar e medir as manchas e os ocelos em asas de borboletas.
Margarida Silveira, docente no Departamento de Engenharia Eletrotécnica do Instituto Superior Técnico (IST) e investigadora no Instituto de Sistemas e Robótica (ISR), desenvolveu um modelo de aprendizagem automática que é capaz de identificar os padrões nas asas de borboletas.
Este trabalho foi desenvolvido em colaboração com o laboratório de Antónia Monteiro do Departamento de Biologia da Universidade de Singapura. Antónia Monteiro trabalha em biologia evolutiva e realiza experiências com borboletas cujos resultados envolvem medir as manchas e os ocelos, padrões circulares que se assemelham a olhos, nas asas de borboletas.
Este processo é normalmente feito de forma manual e pode ser bastante moroso. Nesse sentido, Antónia Monteiro convidou Margarida Silveira para desenvolver um algoritmo que permitisse automatizar este processo.
Com base em técnicas de aprendizagem automática foi treinado um modelo de redes neurais convolucionais com imagens de borboletas. Estes modelos aprendem de forma supervisionada a partir de exemplos de imagens previamente medidas.
Estas redes aprenderam a reconhecer o que é um ocelo e o que é uma mancha e a encontrá-los nas imagens.
Assim, medições que antes demoravam muito tempo a serem feitas de forma manual são agora feitas numa questão de segundos.
“Estas redes demoram algum tempo a serem treinadas mas depois de treinadas a sua adaptação a novas imagens é muito rápida”, reforça.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | IST | ISR
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