Estes materiais podem ser usados para controlar a quantidade de luz que entra nos edifícios ao longo do dia.
Mariana Fernandes, investigadora no Centro de Química de Vila Real (CQ-VR) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), está a caracterizar electrólitos que possam ser aplicados em janelas inteligentes.
“Hoje em dia a população mundial está concentrada em cidades, cidades cada vez mais populosas e que necessitam de edifícios revestidos por grandes fachadas de vidro. Isto leva a um consumo energético muito grande, pois os edifícios são grandes consumidores de energia e também grandes emissores de dióxido de carbono que contribuem para o aquecimento global”, conta.
Se conseguirmos controlar e reduzir a energia usada por cada edifício será possível mitigar a emissão de gases de efeito de estufa e assim contribuir para o desenvolvimento de cidades mais sustentáveis.
O trabalho desenvolvido por Mariana Fernandes centra-se essencialmente na síntese e caracterização de eletrólitos para posterior utilização em dispositivos eletrocrómicos.
Os dispositivos eletrocómicos são aparelhos que podem, por exemplo, ser aplicados em janelas inteligentes e que por via da alteração do seu potencial elétrico conseguem mudar a sua cor.
Estes dispositivos podem, por exemplo, ser instalados em janelas de edifícios e mudar a cor destas janelas para que estas sejam mais ou menos opacas em diferentes períodos do dia. Permitindo assim que o edifício deixe entrar mais ou menos luz, reduzindo o consumo de energia associado a sistemas de aquecimento e de ar condicionado.
“As janelas inteligentes apresentam-se como uma alternativa às janelas convencionais, pois permitem modular a luz que entra no edifício”, reforça.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | UTAD | CQ-VR