O objetivo é compreender os mecanismos neurológicos por trás deste efeito.
Joana Coutinho, investigadora do Centro de Investigação em Psicologia (CIPsi) da Escola de Psicologia da Universidade do Minho (UM), estuda como o toque afetivo pode ajudar a aliviar a dor.
“Nós sabemos que a experiência de tocar alguém que nos é querido ou de ser tocado por essa mesma pessoa é uma ação que gera sensações positivas de bem-estar e até de alívio da dor. Este projeto enquadra-se numa linha de investigação que procura compreender os mecanismos por trás deste toque afetivo”, conta.
Esta investigação tem dois grandes objetivos, por um lado perceber os circuitos neuroanatómicos que estão na base do processamento do toque afetivo, e por outro lado compreender de que forma é que o toque gera mecanismos de analgesia ou de alívio da dor.
Para compreender este fenómeno, são realizadas experiências em laboratório onde é administrada dor seguindo uma série de protocolos experimentais, para estudar a perceção de dor, e como esta é ou não atenuada.
“Nós trazemos pessoas para o laboratório e enquanto lhes é administrada esta dor, é ao mesmo tempo administrada uma de duas coisas: uma estimulação tátil-afetiva que é administrada pelo parceiro romântico – é um estudo de casal – ou uma estimulação discriminativa de outro tipo”, explica.
Com estas experiências, a equipa de Joana Coutinho pretende comparar os efeitos destes diferentes estímulos para perceber se o toque afetivo estimula um conjunto de fibras nervosas que se supõe que estejam na base do processamento do toque afetivo e que, segundo a hipótese colocada por este estudo, quando ativadas vão iniciar o mecanismo de diminuição de dor.
Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | UM | CIPsi
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