A ideia é criar jogos com características distintas que exigem a interação entre diferentes jogadores para avançar no jogo.
André Rodrigues, professor na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e investigador no LASIGE, está a desenvolver jogos colaborativos que permitam criar oportunidades para socializar dentro e fora do jogo.
“Nós estamos interessados em perceber como podemos convencer quaisquer duas pessoas a jogarem juntas, independentemente das suas motivações, das suas habilidades, e da sua disponibilidade de tempo. O que nós pretendemos fazer é potenciar que os pais e os filhos joguem juntos apesar de estarem a jogar jogos diferentes, através da criação de jogos colaborativos para toda a família”, explica.
Para tal, André Rodrigues e a sua equipa estão a criar mecânicas de jogo que permitam que pais e filhos interajam fora do ambiente do jogo.
“Podem ser coisas tão simples como, o pai chega a casa, vai ter ao quarto da filha e pergunta-lhe ‘o que é que fizeste hoje’ e não está a falar da escola, está a falar do jogo. Isto não está a substituir conversas, está a criar uma oportunidade de socialização que não existia antes”, conta.
Historicamente, tem havido um foco na parte negativa dos jogos, desde a violência, ao bullying, ou à adição, mas embora estes temas sejam importantes, os jogos também podem ser uma importante ferramenta de socialização.
“Quer queiramos, quer não, temos 3 mil milhões de pessoas a jogarem jogos e estes são ferramentas fantásticas para garantirmos que as pessoas interagem umas com as outras”, acrescenta.
André Rodrigues está motivado para retirar o melhor que os jogos podem trazer, colocando duas pessoas a querer socializar e a querer estar juntas, criando oportunidades através dos jogos para que estas interações sociais aconteçam.
Saiba mais sobre o investigador em: twitter | Researchgate | Google Scholar | FCUL | LASIGE
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