Estas membranas contêm nanopartículas capazes de degradar e adsorver diferentes contaminantes.
Pedro Martins, investigador no Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) e no IB-S – Instituto de Ciência e Inovação para a Bio-Sustentabilidade da Universidade do Minho (UM), está a desenvolver membranas capazes de remover contaminantes como fármacos e pesticidas de águas residuais.
“Existem hoje em dia tecnologias que permitem identificar e quantificar quantidades muito pequenas de contaminantes em corpos de água. Estes contaminantes podem ter efeitos nocivos tanto nos ambientes aquáticos como no ser humano, e portanto há uma necessidade de desenvolver novos materiais e novas tecnologias que sejam eficazes na degradação destes contaminantes”, explica.
Por exemplo, os fármacos são um grupo de contaminantes muito resilientes pois são concebidos para ter uma elevada estabilidade no nosso organismo. Isto significa que os tratamentos convencionais usados em estações de tratamento de águas residuais não são eficazes na sua remoção, o que faz com que grande parte destes contaminantes entre novamente nos rios.
Existe assim uma necessidade de desenvolver novos materiais que sejam capazes de fazer frente a estes contaminantes.
Nesse sentido, a equipa de Pedro Martins está a produzir membranas que têm a vantagem de funcionar como uma barreira física que impede a passagem de contaminantes. Estas membranas contêm na sua superfície nano e micropartículas que tornam o processo de descontaminação mais eficaz.
Estas partículas têm propriedades que lhes permitem interagir com diferentes contaminantes degradando-os através de um processo de fotocatálise, usando o sol como fonte de energia, ou removendo-os do efluente através de processos de adsorção química ou física.
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