Em particular, está a ser estudado o papel da Organização da Unidade Africana na assistência aos movimentos de libertação.
Aurora Almada e Santos, investigadora no Instituto de História Contemporânea (IHC) da Universidade Nova de Lisboa (UNL), estuda a atividade diplomática dos movimentos de libertação nas antigas colónias durante a guerra colonial.
Para além da luta armada, os movimentos de libertação envolveram-se com várias entidades internacionais nomeadamente com organizações internacionais como as Nações Unidas ou a Organização da Unidade Africana, hoje União Africana, mas também com diversos comités de apoio que surgiram em países ocidentais com o Reino Unido, os EUA, a França, os Países Baixos, e a Itália.
As organizações internacionais e os comités de apoio deram um importante apoio moral político e material aos movimentos de libertação. Foi através desse apoio que, por exemplo, os movimentos de libertação conseguiram arrecadar fundos e em alguns casos também material militar, que veio sobretudo de países como a União Soviética, Cuba, e China, e que permitiram sustentar a guerra colonial durante cerca de 13 anos.
Nesto momento, Aurora Almada e Santos está a iniciar um projeto em que pretende explorar como a Organização da Unidade Africana que foi criada em 1963 em Adis Adeba, na Etiópia, apoiou os movimentos de libertação das antigas colónias portuguesas.
A Organização da Unidade Africana criou um órgão específico, o comité de libertação, que estava sediado em Dar es Salaam, na Tanzânia, e que tinha como missão dar assistência aos movimentos de libertação que estavam envolvidos na luta armada contra o estado português.
Este comité de libertação disponibilizou fundos, material militar, e assistência militar a movimentos de libertação como a FRELIMO, o MPLA, o FNLA, e o PAIGC.
Saiba mais sobre a investigadora em: Google Scholar | NOVA FCSH | IHC