O objetivo deste grupo de investigação é desenvolver terapias mais eficazes para o cancro, ao nível do tratamento e do diagnóstico à escala nanométrica.
Bárbara Mendes, investigadora no Departamento de Genética da Nova Medical School (NMS), está a avaliar as características que tornam as nanoterapias mais eficazes para o tratamento de cancro.
“Quando surgiu a pandemia fomos impossibilitados de ir para o laboratório desenvolver e caracterizar este tipo de nanoterapias. Então, decidimos mudar de perspetiva e tentar resolver outro problema: o facto da maior parte das terapias com base em nanopartículas inorgânicas não conseguirem passar para produtos aprovados”, revela.
Isto significa que existe uma falha na transição entre aquilo que é feito em laboratório, tanto em modelos celulares como em modelos animais, e os produtos que são aprovados para o tratamento em cancro.
“A nossa questão basilar foi tentar compreender porque é que existe esta falha na translação destes produtos que são feitos no laboratório e em estudos em animais, para os estudos clínicos e para produtos aprovados”, acrescenta.
Para tal, a equipa de Bárbara Mendes começou por analisar as diferentes características das nanopartículas, como a forma, a carga, o tamanho, e o impacto na redução tumoral.
Depois, recorrendo a modelos de aprendizagem automática, foi possível compreender quais os fatores determinantes para a eficácia destas nanopartículas na redução tumoral.
“O nosso estudo tem um enorme potencial, na medida em que permite a nós e a outros grupos desenvolver nanopartículas mais eficazes para o tratamento do cancro. Tendo em conta neste caso todas as variáveis e as terapias que são usadas para todos os tipos de cancro”, conclui.
Saiba mais sobre a investigadora em: twitter | Linkedin | Researchgate | Google Scholar | NOVA NMS