Os depósitos de água são muitas vezes vistos como referências e marcos na paisagem da planície alentejana.
Luís Miguel Ginja, arquiteto e investigador no CIAUD – Centro de Investigação em Arquitetura, Urbanismo e Design, e docente na Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior (UBI), estuda a relação dos depósitos de água com o território, a paisagem, e a cultura no Alentejo.
“O Alentejo tem esta questão da planície e das relações visuais muito diretas com o observador. Não há grandes marcos. Os marcos são árvores, quanto muito um castelo, quanto muito um promontório onde existe alguma coisa. E depois existem os depósitos de água. E os depósitos de água são sempre ícones naquilo que é a paisagem”, explica.
Os depósitos de água são estruturas ainda de uma era industrial mas que continuam a ser usadas e que não sofreram grandes alterações na sua génese e na forma como foram integradas na rede de águas da região.
O que a equipa de Luís Miguel Ginja pretende entender é, através de uma abordagem multidisciplinar, como é que a relação dos depósitos de água com o território e com os sistemas de água em si podem construir uma possibilidade de futuro.
Neste momento, o investigador está a fazer uma documentação sistematizada daquilo que existe, com visto a perceber como estes depósitos de água funcionam, como estão integrados na rede e na paisagem, se são urbanos ou se são ruais.
A partir desta recolha, Luís Miguel Ginja pretende construir bases para que outras possam desenvolver os seus próprios trabalhos sobre este património.
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