Esta iniciativa está também a olhar para o efeito das políticas públicas direcionadas para estes territórios.
Otávio Raposo, investigador no Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES) e professor no ISCTE-IUL, está a desenvolver o projeto Pericreativity, uma iniciativa que visa estudar as práticas artísticas e criativas de jovens em territórios segregados.
O foco deste trabalho prende-se com a tentativa de compreender as práticas artísticas e a criatividade dos jovens que vivem em territórios atravessados por processos de segregação, marginalização, e racismo.
Este projeto pretende, por um lado, mapear essas práticas e estudar como estas são transformadoras na vida desses jovens e, por outro lado, analisar as políticas públicas que são direcionadas a esses territórios e aos próprios jovens, em particular as políticas de inclusão social, e de integração.
Neste momento o Pericreativity está a olhar para o Programa Escolhas, a principal política pública de inclusão social direcionada a esses jovens em Portugal, e que existe há mais de 20 anos.
“Nós temos escolhido alguns projetos, tanto em Lisboa como no Porto, para tentar colaborar de alguma forma, com vista a chegarmos a alguns resultados que sejam co-criados entre os investigadores e os próprios jovens, seja enquanto artistas, seja enquanto membros dessas associações e desses projetos, junto dos territórios onde estamos a fazer esse trabalho etnográfico”, conta.
O projeto Pericreativity – Criatividades Periféricas: juventude, arte e políticas públicas em territórios segregados é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | ISCTE-IUL | CIES
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