As novas drogas sintéticas são substâncias que estão a aparecer no mercado de drogas recreativas e que por isso existe uma necessidade de tentar perceber quais são estas drogas.
Helena Gaspar, professora no Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e investigadora no BioISI – Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas, está a desenvolver métodos para identificar e detetar as novas drogas sintéticas.
Neste laboratório são produzidos padrões destas substâncias que permitem analisar os compostos presentes nas novas drogas sintéticas, mas que podem também ser usadas para identificar a sua presença em matrizes biológicas, como no sangue ou na urina, ou em produtos apreendidos pelas autoridades.
Este trabalho pode, por exemplo, ajudar a identificar a que substâncias alguém foi exposto quando é encaminhado para um hospital por intoxicação.
Daí a importação de ser possível determinar a presença destas drogas ou de derivados das mesmas no sangue ou na urina do paciente para que o tratamento possa ser mais eficaz.
No entanto, quando as substâncias são consumidas, os nossos organismos têm a capacidade de metabolizar estas drogas, ou seja, de as transformar em outras moléculas.
“O que acontece é que, muitas das vezes, estas moléculas podem ser mais tóxicas do que as substâncias que são ingeridas. E, portanto, nós fazemos aquilo que se chama o estudo do metabolismo para perceber como é que estas drogas são transformadas noutras moléculas no nosso organismo”, conta.
Esta informação será útil para o tratamento destes pacientes, mas também para identificar o seu nível de consumo na população.
Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | FCUL