Este sistema consegue detetar as emoções dos utilizadores e desenhar uma experiência personalizável às características de cada um.
Ernesto Vilar, professor na Universidade da Beira do Interior (UBI) e investigador no CIAUD – Centro de Arquitetura, Urbanismo e Design, está a estudar como o design de emoções pode ser usado para desenvolver jogos adaptados à personalidade do utilizador.
A partir do trabalho de um aluno de mestrado, foi desenvolvido um sistema com base em biossensores que era capaz de analisar a relação do que acontecia no jogo com a resposta emocional de cada indivíduo. A ideia passava por analisar os sinais biológicos do utilizador e associá-los a uma resposta emocional.
Este jogo foi treinado para se adaptar à resposta que o utilizador apresentava.
Segundo Ernesto Vilar, o conceito deste jogo não foi desenvolver um novo produto, mas sim compreender como desenvolver melhores jogos adaptados ao utilizador.
“De certa forma conseguimos ensinar uma máquina que não pensa, a gerar ali uma identificação e, sobretudo, a separar os utilizadores”, acrescenta.
Este conceito permitiu fazer com que um grupo de utilizadores que não são iguais tivessem experiências diferentes ao jogar o mesmo jogo, graças ao facto deste produto ser capaz de se alterar em função da intenção, das emoções, e da forma como o jogador utiliza o produto.
“Desenhámos um produto que era capaz de se metamorfosear e de se adaptar. Isso foi bastante interessante e bastante enriquecedor”, remata.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | UBI