Esta investigação focou-se na rede social de online dating, o Tinder, e estudou as componentes visuais e textuais que compõem os perfis dos utilizadores desta rede.
Rita Sepúlveda, doutoranda em Ciências da Comunicação no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e investigadora do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-IUL), recolheu perfis de utilizadores portugueses no Tinder com o objetivo de conhecer como estes se apresentam nesta rede de online dating.
“O Tinder é uma aplicação de online dating, que foi criada especificamente para smartphones e que contava em 2015 com mais de 50 milhões de utilizadores”, começa por contextualizar. O objetivo do seu trabalho foi então o de estudar as componentes visual e textual dos perfis dos utilizadores desta rede social: “recolhemos um conjunto de perfis e fomos analisar cada uma das fotografias que compunham o perfil de cada utilizador assim como também a informação escrita, a componente textual”, clarifica.
Os resultados encontrados mostram que existem padrões temáticos relativamente às fotografias e ao texto. Quanto às fotografias, muitas estão “relacionadas com a esfera das viagens e do turismo onde os utilizadores partilham muitas fotografias por exemplo com monumentos facilmente identificáveis”, mas também estão relacionadas com as práticas culturais e atividade artística, com o universo desportivo – “e aqui uma prática mais masculinizada onde estão representados quase todos os tipos de desportos, desde desportos de massa como o futebol a desportos considerados mais elitistas como o golfe”, indica Rita Sepúlveda -, com os consumos latos ou relacionados com o bem-estar – “e aí uma prática mais do universo feminino”-, e, por fim, a última temática, “relacionada com a esfera material mais masculinizada em que o utilizador partilha por exemplo fotografias com carros ou motas”, conclui.
Já a componente textual “os utilizadores partilham informação relacionada com o seu estilo de vida, com os seus gostos pessoais mas também com a postura na aplicação e o que espera do outro”.
Saiba mais sobre a investigadora em: ISCTE-IUL | LinkedIn
Créditos Imagem Banner: Cirenia Arias Baldrich
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