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Ep. 586 Alexandra Duarte Silva – Laboratório monitoriza ocorrência de microalgas tóxicas na costa portuguesa

March 25, 2019

ep586_interiorEste laboratório observa e monitoriza a concentração e diversidade de fitoplâncton nas águas portuguesas.​


Alexandra Duarte Silva, investigadora do Laboratório de Fitoplâncton (FITO) do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), estuda o fitoplâncton e o impacto que as variedades tóxicas de microalgas têm no ecossistema e em particular nas populações de bivalves.

“O Laboratório de Fitoplâncton dedica-se à monitorização e à investigação do fitoplâncton, essencialmente o fitoplâncton nocivo. Semanalmente o laboratório observa e determina a concentração e a diversidade de algas na água em estreita colaboração com o Laboratório de Biotoxinas que analisa a presença de toxinas na água”, explica.

Na costa portuguesa existem cerca de oitenta espécies tóxicas de fitoplâncton que ocorrem regularmente durante o ano todo. Estas microalgas afetam essencialmente os bivalves e podem ser responsáveis por impedir a sua comercialização durante longos períodos de tempo.

“A apanha, a comercialização e o consumo de bivalves podem ser interditos por períodos superiores a seis meses com todos os impactos sociais e económicos que acarretam e portanto é fundamental desenvolver ferramentas que antecipem esta toxificação dos bivalves”, revela.

Este laboratório desenvolveu então um sistema de alerta precoce para blooms, ou surtos de crescimento de fitoplâncton tóxico, com o objetivo de auxiliar as indústrias ligadas à produção de bivalves de forma a diminuir os impactos provocados por estas microalgas.

“O laboratório de fitoplâncton está ativamente a desenvolver e a implementar já em fase de testes um sistema de alerta precoce de algas tóxicas, para isto é necessário ter uma rede de monitorização regular e bem montada e é só com a análise destas séries temporais longas de dados é que é possível perceber os padrões de ocorrência das algas e então desenvolver estes sistemas de alertas e tentar de alguma forma ajudar o setor na gestão das suas práticas”, conclui.

Saiba mais sobre a investigadora em: Google Scholar | IPMA

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