Encontrar nas estrelas pulsares a física capaz de transformar luz em matéria. Ao condensar a luz em um ponto, seria possível produzir energia suficiente para fazer ferver o vácuo e transformar partículas de luz (fotões) em matéria (eletrões ou positrões).
Luís Oliveira e Silva, investigador no Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN) do Departamento de Física do Instituto Superior Técnico (IST), está a estudar a física por trás das estrelas de neutrões e pulsares, e o que permite que estas emitam luz.
“Utilizando alguns dos maiores supercomputadores do mundo estudo a forma como a luz interage com a matéria. Estamos interessados em particular em perceber como é que podemos ferver o vácuo. Como é que podemos focar a luz, utilizando o equivalente a uma lente, como fazemos com a luz do sol, e focando a densidades de energia tão elevadas que conseguimos transformar luz em matéria, transformar fotões em eletrões e positrões”, descreve.
Com isto, o investigador pretende não só perceber alguns dos processos da física fundamental associados a isto, mas também produzir na Terra, em laboratório, algumas das condições que encontramos em alguns dos objectos mais extremos que existem no universo, como os buracos negros, os pulsares e as estrelas de neutrões.
“Estamos essencialmente focados naquilo que acontece em pulsares, são objectos que rodam com uma frequência muito bem definida e cujas propriedades da radiação, ou seja a luz que emitem e que medimos na Terra, ainda estão por explorar”, explica.
Através de modelos computacionais, Luís Oliveira e Silva está a estudar os processos através dos quais a luz se converte em eletrões e positrões de forma a compreender como é que estas estrelas de neutrões e os pulsares emitem luz.
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