Este estudo está a avaliar os fatores que influenciam o levantamento e a toma correta de medicamentos antidiabéticos.
Joana Gomes da Costa, investigadora no Centro de Economia e Finanças (cefUP) da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), está a estudar os padrões de levantamento de medicamentos antidiabéticos.
Atualmente, apenas cerca de 70% das prescrições eletrónicas de medicamentos antidiabéticos são levantadas em farmácias comunitárias.
Segundo Joana Gomes da Costa, destes 70%, um quarto estão em sobreposse. Isto significa que um quarto destes utentes levantou mais caixas do que aquelas que eram necessárias.
“Esta sobreposse leva a que o utente tenha em sua casa sucessivas caixas de medicamentos que não são tomados de forma muitas vezes correta. O que arreta na maioria dos casos mais hospitalizações e maiores custos com cuidados secundários”, revela.
Os medicamentos antidiabéticos têm um custo para o Estado de cerca de 90% do seu preço de venda. Ao não serem tomados de forma correta acabam por ter custos acrescidos para o Estado em termos de hospitalizações e de outros cuidados de saúde secundários que os próprios utentes acarretam. Perceber as causas por trás deste fenómeno é fundamental para garantir a saúde dos utentes e reduzir o impacto da toma incorreta de medicamentos no orçamento do Serviço Nacional de Saúde.
Os resultados preliminares deste estudo indicam que uma forte ligação entre o médico e o utente é fundamental para a toma correta destes medicamentos.
“A relação médico/utente influencia a forma como o utente adere à terapêutica, se compra efetivamente aquele medicamento, e se segue de forma correta o regime terapêutico instaurado pelo médico”, conclui.
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