Os trabalhos de laboratório demonstraram que este fungo consegue atingir taxas de 70% de remoção de microplásticos.
Teresa Rocha Santos, investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) e do Departamento de Química da Universidade de Aveiro (UA), está a avaliar a capacidade do fungo marinho Z. maritimum na degradação de microplásticos.
O Z. maritimum é um fungo marinho que existe nas zonas costeiras portuguesas e que costuma ser encontrado em pedaços de madeira que se encontrem a flutuar.
Por analogia, Teresa Rocha Santos pensou que este fungo seria também capaz de degradar plástico, pois a madeira contém celulose, uma molécula de cadeia longa, e o plástico é um polímero que também possui uma cadeia longo.
Este fungo foi aplicado em pequenos pedaços de plástico moído para mimetizar o microplástico que é encontrado nos oceanos. Os resultados demonstraram uma taxa de remoção de plástico na ordem dos 70%.
Teresa Rocha Santos crê que é possível aumentar ainda mais esta taxa através da otimização deste processo.
O passo seguinte é estudar outros fungos para determinar se existem outras espécies que possam ser usadas em conjunto com o Z. maritimum para aumentar a eficiência de degradação dos plásticos numa possível estação de tratamento.
O objetivo final será aplicar estes fungos em estações de tratamento de água para evitar que o plástico entre no ambiente.
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