As microalgas em estudo têm a capacidade de comunicar entre si através de sinais elétricos. Recentemente descobriu-se que estes sinais têm uma magnitude elevada que pode ser usada para gerar energia.
Paulo Rocha, investigador no Centro de Ecologia Funcional (CFE) na Universidade de Coimbra (UC), está a estudar a possibilidade de gerar energia através da comunicação de microalgas.
Para tal, a equipa de Paulo Rocha desenvolveu sensores biocompatíveis capazes de aderir às microalgas e de detetar a comunicação entre estes microrganismos.
O objetivo deste projeto é tentar perceber de onde é que esta comunicação e que tipos de sensores podem ser desenvolvidos para detetar este sinal da melhor maneira possível para captar sinais de grande magnitude que possam ser usados como forma de gerar energia.
“O nosso grupo estava habituado a medir células neuronais e quando nós vimos pela primeira vez este tipo de sinais de microalgas ficámos espantados porque eram sinais enormes”, conta.
Esta descoberta foi a grande impulsionadora da ideia por trás deste projeto. Como se tratam de sinais de grande magnitude produzidos por microalgas que não necessitam de um ambiente controlado a nível de CO2 e de temperatura para sobreviverem e se reproduzirem, com a tecnologia certa a comunicação entre microalgas pode apresentar-se como uma alternativa sustentável para a produção de energia limpa.
Esta investigação está a ser desenvolvida no âmbito do “Green – Generating Energy from Electroactive Algae”, um projeto financiado com fundos europeus.
Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | CFE
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