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Ep. 1167 Nuno Bento – Como conciliar a descarbonização e o crescimento económico em países em desenvolvimento?

October 05, 2021

ep1167_interiorEste estudo pretende auxiliar os países em desenvolvimento a desenhar estratégias de descarbonização que permitam um crescimento sustentável da sua economia.


Nuno Bento, investigador no Dinâmia’CET no ISCTE-IUL, está a estudar estratégias sustentáveis de descarbonização que criem oportunidades de crescimento económico para países em desenvolvimento.

Com uma carreira dedicada ao estudo das mudanças tecnológicas e socioeconómicas inerentes à transição sustentável, Nuno Bento desenhou este projeto com o intuito de perceber de que modo os objetivos do desenvolvimento sustentável podem ser conciliados com a descarbonização.

“Existe um objetivo colocado pelo acordo de Paris que é a obrigatoriedade do Mundo na sua globalidade reduzir para metade as emissões de dióxido de carbono até 2030 e de atingir a neutralidade carbónica até 2050. Esse objetivo tem que ser alcançado sem limitar as possibilidades dos países em desenvolvimento alcançarem níveis de acesso a bens essenciais e serviços, e de melhorar sua qualidade de vida”, conta.

As análises realizadas neste estudo têm mostrado que agir do lado da procura permite avançar mais rapidamente o processo de descarbonização, e inclusive permite fazê-lo a um custo mais baixo.

Segundo Nuno Bento, com acções estratégicas do lado da procura será possível conciliar os objetivos de desenvolvimento com a descarbonização, e garantir o acesso aos bens e serviços essenciais de mobilidade, de conforto térmico, e de produtos industriais nos países em desenvolvimento.

Com este projeto, a equipa de Nuno Bento pretende identificar as estratégias de descarbonização que abrem maiores oportunidades de ganhos para a economia e maiores benefícios.

“Esta é uma questão fundamental para que a transição energética no fundo inspire políticas tecnológicas e de diversificação da atividade económica que sejam eficazes e que permitam desenvolver economias, não só em países subdesenvolvidos mas também economias intermédias com é o caso da economia portuguesa”, reforça.

Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | Google Scholar | ISCTE-IUL | DINÂMIA'CET

Créditos Foto: ISCTE

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