Este programa foi desenhado para apoiar sobreviventes de cancro da mama.
Dulce Esteves, docente no Departamento de Ciências do Desporto na Universidade da Beira Interior (UBI) e investigadora no Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD), desenvolveu o programa MAMA_MOVE, uma iniciativa que usa o exercício para ajudar sobreviventes de cancro da mama na sua recuperação.
Que benefícios pode o exercício trazer para a saúde? Esta é a questão que move o trabalho de Dulce Esteves. A investigadora dedica-se a estudar como o exercício pode ser um elemento coadjuvante não-farmacológico para retardar ou melhorar diferentes patologias.
Neste momento Dulce Esteves está a trabalhar em três áreas específicas, nomeadamente, o exercício e a doença oncológica, o exercício e as demências, e o exercício e as crianças com perturbações do espetro do autismo.
Nos últimos sete anos está a ser desenvolvido em parceria com o Centro Hospitalar Gaia Espinho o programa MAMA_MOVE. Este programa é indicado para pacientes sobreviventes de cancro da mama.
O objetivo é estudar de que modo o exercício pode ser um fator protetor para a parte cardíaca. Durante a quimioterapia são usados medicamentos que têm cardiotoxicidade, ou seja, estes medicamentos podem provocar danos no coração e nos tecidos cardíacos.
“Isto significa que as pacientes, depois do tratamento de quimioterapia, podem ter graves problemas cardíacos passado uma série de anos. A nossa ideia é que se elas fizerem um determinado tipo de exercícios podem reduzir a prevalência desses efeitos secundários. É essa a nossa hipótese de investigação”, revela.
Dulce Esteves espera que o plano de exercícios deste programa possa proteger o coração destas mulheres dos efeitos adversos da quimioterapia.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | UBI | CIDESD