Este estudo foi desenvolvido com pacientes do Barts Heart Centre em Londres.
Patrícia Rodrigues, cardiologista no Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHP) e docente no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (ICBAS), desenvolveu um estudo que recomenda o uso de ressonância magnética no diagnóstico e prognóstico de sobreviventes de paragem cardíaca súbita.
Este estudo focou se nos sobreviventes de paragem cardíaca súbita que não tinham doença coronária significativa no cateterismo uma vez que esta última tem um tratamento específico já bem estabelecido.
O objetivo foi identificar as origens destas paragens cardíacas que não tinham uma causa evidente descrevendo a utilização da ressonância magnética para fazer um diagnóstico específico e para prever o prognóstico da doença.
“Os diagnósticos que mais frequentemente identificámos com o uso ressonância magnética foram miocardiopatia dilatada, miocardite, incluindo alguns casos por sarcoidose, o enfarte do miocárdio sem doença coronária significativa, e a miocardiopatia hipertrófica”, refere.
Os resultados demonstraram que a ressonância magnética conseguiu esclarecer qual a origem da paragem cardíaca súbita em 49% dos casos, e que esta foi crucial em 30% dos casos, particularmente nos diagnósticos de enfarte do miocárdio com recanalização espontânea, que não tinham sido inicialmente identificados para os casos de miocardite e de miocardiopatia arritmogénica.
“Assim nós recomendámos que a ressonância magnética cardiovascular seja incorporada na investigação de paragens cardíacas subidas após a exclusão de uma sindrome coronária aguda”, reforça.
Graças a este estudo a ressonância magnética é hoje usada como método de diagnóstico e de prognóstico em sobreviventes de paragem cardíaca súbita.
Saiba mais sobre a investigadora em: ICBAS
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