Este estudo verificou que o perfil das mulheres nos órgãos de gestão das empresas portuguesas é similar ao perfil dos homens com quem partilham estes órgãos.
Sara Falcão Casaca, professora no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade de Lisboa e investigadora no SOCIUS – Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações, coordena o projeto Women on Boards, uma iniciativa que pretende caracterizar o perfil das mulheres nos órgãos de gestão das empresas portuguesas.
Em Portugal a lei vincula as empresas cotadas em bolsa a ter pelo menos 33% de cada género desde janeiro de 2020 para as empresas do setor privado. As empresas do setor público empresarial já têm este limiar deste janeiro de 2018.
Com base nisto, o projeto Women on Boards procurou caracterizar o perfil das mulheres presentes nos órgãos de gestão destas empresas.
Os dados revelaram que esta lei teve um efeito acelerador de mudança, permitindo que actualmente existam cerca de 28% de mulheres nos órgãos de gestão das maiores empresas portuguesas, um valor próximo do da União Europeia que é de 30%.
“Ou seja, ainda estamos muito longe do limiar mínimo de paridade que é 40%, mas de facto houve um efeito acelerador que foi despoletado efetivamente pela lei”, acrescenta.
Este estudo também revelou que em termos comparativos o perfil das mulheres e dos homens que hoje integram estes órgãos de gestão são muito semelhantes, quer a nível do seu currículo, como a nível da sua experiência, não tendo sido encontradas diferenças estatisticamente significativas.
O projeto Women on Boards, em português Mulheres em Órgãos de Gestão das Empresas, Uma Abordagem Integrada é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | ISEG
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