medicina,
90 seg

Ep. 1260 Irene Carvalho – Usar estratégias de comunicação dirigidas para crianças reduz para 7% a necessidade de anestesia em exames de ressonância magnética

February 11, 2022

ep1260_interiorAtualmente é comum as crianças serem anestesiadas antes de realizarem um exame de ressonância magnética.


Irene Carvalho, professora na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e investigadora no CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, estudou o efeito da comunicação clínica dirigida para crianças na redução do uso de anestesia na realização de exames de ressonância magnética.

“No âmbito de um estudo sobre o efeito da comunicação clínica em contextos de saúde fomos investigar se utilizar certas estratégias de comunicação com as crianças reduziria, ou teria algum impacto, na utilização de anestesia quando elas têm que fazer exames de ressonância magnética”, conta.

Em parceria com o Centro Hospitalar Universitário de São João no Porto, a equipa de Irene Carvalho, recolheu uma amostra de crianças que tinham ressonâncias magnéticas marcadas e dividiu-as em três grupos.

Um grupo de controlo que recebeu a comunicação clínica habitual, um segundo grupo em que foi utilizada uma mini ressonância magnética de brincar que foi construída de propósito para este estudo e que imita a aparência e os sons de uma ressonância magnética real, e um terceiro grupo que, além desta ressonância magnética de brincar recebeu também informação dirigida especificamente para crianças.

Em ambos os grupos as crianças puderam brincar com esta mini ressonância magnética e familiarizar-se com os procedimentos associados a este exame.

No terceiro grupo, as crianças foram encorajadas a fazer perguntas e a partilhar as ideias e os medos que tinham em relação a este exame.

Os resultados demonstraram que houve uma redução significativa da anestesia, de 70% no grupo de controlo a apenas 7% para o grupo de crianças que recebeu informação dirigida especificamente para elas.

As crianças do terceiro grupo mostraram sentir-se mais calmas e tiveram menos medo que as restantes, com algumas inclusive a dizer que gostariam de repetir o exame no futuro.

Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | FMUP | CINTESIS

Scroll to top