Este estudo analisou 10 organizações de Portugal e dos EUA em cinco áreas distintas.
André Carvalho, investigador no Centro Algoritmi na Universidade do Minho (UM), avaliou o impacto de programas de qualidade e de melhoria contínua em empresas de diferentes setores industriais perante cenários de instabilidade económica.
“O meu projeto focou -se no estudo da qualidade no âmbito preciso dos ambientes estáveis. Aquilo que é visto na literatura na área da qualidade e da melhoria contínua é que de facto esse tipo de programas levava ao sucesso das empresas, mas que esse sucesso estava condicionado pela estabilidade dos ambientes, e que em ambientes instáveis esses programas de qualidade e melhoria contínua não só não apresentavam benefícios como podiam muitas vezes ser contraproducentes”, explica.
Nesse sentido, este estudo procurou explorar como as organizações que apostam na qualidade consigam ser ágeis a longo prazo.
André Carvalho analisou 10 organizações em Portugal e nos EUA nas áreas do desenvolvimento e produção de produtos de electrónica, do desenvolvimento de software, de energia e ambiente, da área hospitalar e farmacêutica, e dos serviços altamente digitalizados.
Os resultados desta análise demonstraram que as empresas que conseguem fazer da qualidade uma parte integrante da sua cultura organizacional conseguem manter a agilidade no longo prazo e assim responder às necessidades do mercado.
Ou seja, a aposta na qualidade é eficaz quando esta não é apenas uma maneira de cumprir os requisitos mínimos do cliente, mas sim uma forma de trabalhar que procura sempre adaptar-se aos clientes e à sociedade, para atingir o sucesso no ambiente e no contexto em que a empresa se insere.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | CA