Compreender como estas proteínas funcionam poderá ser útil no desenvolvimento de novas terapias não só para o tratamento destas infecções, mas também para a regulação da resposta imune.
Tiago Neto Cordeiro, investigador no Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier da Universidade Nova de Lisboa (ITQB NOVA), está a desenvolver o projeto HUBS com o objetivo de estudar como certas proteínas produzidas por bactérias e vírus conseguem suprimir o nosso sistema imunitário.
“Imaginem que eram capazes de controlar o destino das vossas células. Parece ficção mas isso é o que fazem certas bactérias e certos vírus que produzem proteínas efetoras que são capazes de interferir com a bioquímica das nossas células e assim controlar o seu destino, suprimindo ou ativando certos processos e assim controlando o seu comportamento celular, e suprimindo a resposta imune”, conta.
Neste contexto, Tiago Neto Cordeiro coordena o projeto HUBS, uma iniciativa financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), que visa estudar como certas proteínas efetoras conseguem interagir com proteínas das células hospedeiras e assim controlarem o fluxo de informação e a resposta imune do nosso organismo perante infecções de microorganismos patogénicos.
Para estudar estes processos este laboratório usa ressonância magnética nuclear, uma técnica que permite ter acesso a detalhes atómicos das proteínas patogénicas.
Esta informação será usada para melhor compreender como estas proteínas interagem com as células do hospedeiro de forma a criar um ambiente favorável à infeção.
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