Este consórcio europeu está a desenvolver protocolos de ensino baseados em pacientes virtuais para alunos de medicina em seis línguas, francês, inglês, alemão, polaco, português e espanhol.
Idalina Beirão, médica no Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHP) e professora catedrática no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (ICBAS), participa no projeto iCoViP, uma iniciativa europeia que visa a criação de 200 casos de pacientes virtuais para apoiar alunos de medicina no ensino à distância.
O projeto iCoViP surgiu no contexto de pandemia de COVID-19 que levou as universidades, e em particular os cursos de medicina, a recorrer ao ensino à distância. Este consórcio viu esta situação como uma oportunidade para aumentar a sua base de dados de pacientes virtuais que possam ser usados para complementar o ensino de medicina com doentes reais.
Estes pacientes virtuais são criados numa plataforma informática onde é disponibilizado um conjunto de sinais e de sintomas referentes a um determinado paciente, bem como o contexto em que é feita a análise do caso.
Estes doentes são então apresentados ao aluno, é dada informação sobre as alterações que estes apresentam no seu corpo no exame físico, mas também é dada informação de um conjunto de exames complementares de diagnóstico que o estudante deverá solicitar.
Com base nisso o estudante terá que equacionar quais as melhores hipóteses de diagnóstico. Mediante a ação do estudante o paciente virtual irá interagir com o aluno para que este perceba se a resposta que deu está correta ou se a abordagem terá que ser adaptada.
Isto permite ao estudante treinar tantas vezes quantas forem necessárias de uma forma autónoma e isenta de risco para o doente, permitindo assim uma preparação prévia à interação com doentes reais.
O projeto iCoViP – International Collection of Virtual Patients – Digitized Education in Europe beyond the pandemic é um consórcio internacional cofinanciado pelo programa Erasmus+ e que reúne parceiros de cinco países europeus, França, Alemanha, Polónia, Portugal e Espanha.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | ICBAS | CHP