Este estudo analisou as 500 maiores empresas da Europa com o objetivo de determinar qual é o impacto empresarial de ter mulheres nos quadros superiores administrativos de uma empresa.
Helena Isidro é investigadora e docente no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE-IUL), mais especificamente no centro de investigação em gestão Business Research Unit, e estuda a influência da presença de mulheres nos quadros superiores administrativos de uma empresa para a situação financeira dessa empresa.
“Nós estávamos interessados em perceber se a existência de mulheres em lugares de topo da administração das empresas teria ou não efeitos económicos positivos para essas empresas ou se pelo contrário era apenas uma questão de aspetos morais de direitos das mulheres, e portanto não teria eventualmente qualquer repercussão económica na rendibilidade e no valor das empresas”, explica a investigadora.
Para realizar este estudo, a investigadora selecionou as 500 maiores empresas da Europa assim classificadas pelo Financial Times e extraiu informação financeira e de conselhos de administração relativa a vários anos. De acordo com os dados obtidos, os investidores valorizam mais as empresas que têm mulheres no conselho de administração e em que existe uma política de preocupação de ética e de responsabilidade social.
“A conclusão a que nós chegámos é que os efeitos económicos da existência de mulheres em lugares de topo da administração são diretamente visíveis em algum aumento da rendibilidade, mas também indiretamente visíveis em outras áreas não financeiras, como as preocupações éticas e sociais das empresas que é hoje um fator que os investidores e a sociedade em geral valorizam significativamente”, afirma Helena Isidro.
Saiba mais sobre a investigadora em: LinkedIn | ISCTE-IUL
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