bioquímica,
90 seg

Ep. 146 Miguel Gama – Usar a celulose bacteriana para substituir o papel e outras aplicações da celulose vegetal

June 13, 2017

ep146_interiorEste estudo identifica as propriedades que tornam a celulose bacteriana um material de grandes aplicações sobretudo na área alimentar.


Miguel Gama é investigador do Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho (UMinho) e estuda a composição e possíveis aplicações da celulose bacteriana.

“A celulose bacteriana é um material fantástico que tem mobilizado o nosso trabalho de investigação nos últimos anos”, conta o investigador. Em termos de composição química, a celulose bacteriana é muito semelhante à celulose vegetal no entanto possui algumas particularidades que a distinguem funcionalmente da vegetal e que lhe conferem um potencial aplicacional muito grande. Entre ser produzida por bactérias, sob a forma de fibras muito delgadas, e ter uma área superficial tão grande que lhe permite absorver uma quantidade de água 200 vezes superior ao seu peso está o segredo para este material ter aplicações “muito interessantes, com um desempenho superior à celulose vegetal e a outros materiais, nomeadamente na área alimentar como aditivo alimentar e particularmente como estabilizante”, explica Miguel Gama.

“Quando falo de poder estabilizante refiro-me nomeadamente à estabilização de partículas de chocolate no leite, impedindo que essas partículas se sedimentem, ou à estabilização de glóbulos de gordura por exemplo numa maionese, impedindo que haja uma separação da gordura da água”, explica. Comparando a forma como este material se comporta na sua função estabilizante a outros aditivos alimentares que existem no mercado, o investigador acredita que, pelo desempenho superior evidente na celulose bacteriana, “é possível produzi-la a custos competitivos”.

Saiba mais sobre o investigador em: CEB

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