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Ep. 260 Sara Eloy – Projeto usa realidade virtual para melhor adequar os edifícios às necessidades dos idosos

November 21, 2017

ep260_interiorOs participantes deste estudo foram colocados em ambientes virtuais representativos de diferentes tipos de edifícios, com o objetivo de analisar o comportamento dos idosos perante cenários de segurança como a remoção ou o reforço das guardas de um vão de escadas.


Sara Eloy, arquiteta no ISTAR – Centro de Investigação em Ciências da Informação, Tecnologias e docente no ISCTE/IUL, é investigadora no projeto AAL4ALL (Ambient Assisted Living for All), com foco na adaptação de edifícios às necessidades de locomoção dos idosos.

“No projeto AAL4ALL, do ponto de vista da arquitetura, o que nós fizemos foi analisar por exemplo como é que os idosos reagiam em diferentes tipos de edifício nomeadamente no que diz respeito ao uso das guardas para escadas e rampas”, explica Sara Eloy.  As guardas são de facto um elemento da arquitetura que garante maior segurança ao idoso? Ou será que estas apenas transmitem uma perceção de segurança?

Para responder a estas questões, foi realizado um estudo experimental em realidade virtual com duas condições no mesmo edifício. Numa condição o edifício não tinha guardas, e na outra condição o edifício tinha guardas. Uma equipa multidisciplinar composta por arquitetos, engenheiros de computação e psicólogos, acompanhou os idosos que, de forma voluntária, participaram neste estudo. Os idosos realizavam um teste em realidade virtual e respondiam a uma série de questionários.

Foi também feita uma recolha de dados biométricos de forma a obter uma resposta objetiva sobre a importância da presença ou não das guardas, medindo assim as reacções físicas que os idosos tinham perante os diferentes cenários. Através dos questionários era fornecida uma resposta subjetiva com o objetivo de comparar a percepção que os idosos tiveram dessas experiências com os dados obtidos.

“A nossa hipótese de investigação foi provada, de facto há uma percepção de segurança que é dada pelo uso das guardas. Essa percepção de segurança foi claríssima nos dados através de questionário. Já nos dados objetivos foi clara em alguns espaços, mas os dados biométricos, para nós e mesmo para a comunidade científica em geral, são dados que ainda temos alguma dificuldade de ler. Percebemos que esta é uma área que temos que explorar mais para perceber como conseguimos que a resposta seja mais objetiva para nós num estudo desta natureza”, conclui.

Saiba mais sobre a investigadora em: LinkedIn | Researchgate | ISCTE

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