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Ep. 307 Alexandre Monteiro – iMareCulture: Projeto de realidade virtual permite visitar sítios arqueológicos subaquáticos sem sair do sofá

January 25, 2018

ep307_interiorRecriar portos, barcos e cidades da civilização greco-romana é o objetivo deste projeto que recorre a tecnologias de realidade virtual e aumentada para mergulhar em sítios arqueológicos subaquáticos do Mediterrâneo.   ​


Alexandre Monteiro, arqueólogo subaquático do Instituto de Arqueologia e Paleociências (IAP) e do Instituto de História Contemporânea (IHC) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH NOVA) da Universidade Nova de Lisboa, está a desenvolver o projeto iMareCulture com foco em três locais arqueológicos submersos em Malta, Chipre e Itália.

“O iMareCulture é um casamento feliz entre as ciências exatas computadorizadas, a realidade aumentada e a realidade virtual, e as ciências sociais e humanas, neste caso a arqueologia aplicada à construção naval e à navegabilidade dos barcos na antiga civilização greco-romana. Nós tentamos fazer reviver essa realidade de uma europa de há milénios atrás utilizando as ferramentas da última tecnologia informática, criando situações que são cientificamente corretas do ponto de vista arqueológico”, conta.

O iMareCulture está a trabalhar sobre três sítios de naufrágios, um naufrágio em Malta, outro no Chipre e uma cidade submersa na baía de Nápoles em Itália, associando arqueólogos aquáticos que os estão a estudar a cientistas informáticos que estão a desenvolver tecnologias de mapeamento e identificação de locais de interesse para mergulhadores.

“Numa primeira forma vamos utilizar os próprios sítios para roteiros subaquáticos, estamos a criar tablets que podem ser submergidos e que correspondem a um folheto museológico que pode ser seguido por um mergulhador à medida que vai visitando. Estes tablets vão ter várias camadas de informação em realidade aumentada às quais ele pode aceder”, explica.

Para quem não mergulha, está a ser desenvolvido um sistema de “mergulho em seco” onde, no conforto de sua casa, poderá aceder a uma aplicação ou a um sítio na internet e visitar o local tal como o mergulhador o encontrou.

Os utilizadores desta aplicação vão poder também visitar os museus onde se encontram as coleções destes naufrágios que foram levantadas do fundo do mar, podendo assim investigá-las uma a uma e aceder a mais informação sobre os artefactos.  

Saiba mais sobre o investigador em: IHC

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