ciências do mar,
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Ep. 350 Filipe Castro – Projeto CORAL desenvolve sensores para explorar o mar profundo

March 27, 2018

ep350_interiorInspirado em mecanismos naturais usados por organismos marinhos para conhecerem o seu ambiente, este projeto quer desenvolver sensores para explorar o mar profundo.​


Filipe Castro, investigador no Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR) e professor na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), participa no projeto CORAL – Sustainable Ocean Exploitation: Tools and Sensors, um projeto de parceria entre o CIIMAR e o INESC TEC, que recorre ao uso de novas ferramentas tecnológicas para a exploração sustentável dos recursos marinhos do mar profundo.

“Nós procuramos conhecer aquilo que em muitas circunstâncias é designado como a última fronteira, ou seja, o mar profundo. Uma zona do Planeta que se mantém ainda muito pouco conhecida e que tem seguramente desafios ao nível do conhecimento biológico mas também das tecnologias que é preciso ultrapassar”, conta.

Este projeto tem como ambição olhar para organismos vivos, para os sensores biológicos que estes usam para conhecer e sentir o seu ambiente, e, a partir daí, desenvolver tecnologia capaz de imitar estas funções. “Algumas abordagens conceptuais que temos tomado neste projeto é uma abordagem um bocadinho radical de olharmos para os organismos vivos que já conhecemos, e alguns deles conhecemos muito bem, e tentar perceber que sensores é que eles usam, porque todos os organismos têm sensores para medir o seu meio-ambiente e alguns desses sensores são muito úteis porque eles permitem, por exemplo, a um organismo perceber se está em contacto com um contaminante e, portanto, uma das ideias é tentar replicar estes sensores fora dos organismos”, revela

“Será que nós conseguimos copiar estes sensores e transformá-los num equipamento?”, questiona Filipe Castro, que vê este como o principal desafio do projeto CORAL. “Temos uma experiência no CIIMAR bastante grande em tentar perceber como estes sensores evoluíram e para que é que eles servem, e nós conseguimos de algum modo manipulá-los. O desafio está a meio caminho que é tentar perceber como é que nós vamos retirá-los de dentro de um organismo vivo e colocá-los num equipamento, por isso é que esta parceria com o INESC TEC é tão valiosa no âmbito do Coral”, reforça.

O projeto CORAL tem uma duração de três anos e é financiado pelo Programa Operacional Regional do Norte (NORTE2020) através do Portugal 2020 e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | CIIMAR

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