Estabelecida em 2011, todas as actividades extrativas estão proibidas nesta área marinha protegida com a exceção da apanha comercial do percebe nas arribas da costa.
Filipa Silva, aluna de doutoramento na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e investigadora no MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, está a avaliar o efeito de proteção da área marinha protegida da Ilha do Pessegueiro e do Cabo Sardão na costa alentejana nas populações locais de peixes, não só nesta área, mas também nas zonas em seu redor.
A União Europeia e Portugal comprometeram-se a proteger 30% das suas águas marinhas até 2030 incluindo 10% com nível máximo de proteção. Uma das áreas marinhas protegidas que tem esse regime de proteção desde 2011 é a área de proteção parcial da Ilha do Pessegueiro e do Cabo Sardão na costa alentejana, onde todas as atividades extrativas são proibidas com a exceção da apanha comercial do percebe nas arribas da costa.
Desde 2011 têm sido monitorizadas as comunidades de peixes nestas áreas de proteção quer no interior das mesmas, quer em seu redor. São avaliados o tamanho, o número e a diversidade de espécies.
Atualmente verifica-se que a área de proteção da Ilha do Pessegueiro detém juvenis de linguado da areia em muito maior quantidade do que as áreas em redor, e abróteas cerca de 20% maiores que as das áreas em redor.
Estes resultados indicam que estas áreas estão a ter sucesso na proteção das suas comunidades de peixes mas que no entanto esses resultados ainda não se traduzem nas áreas em redor.
“Existe assim a necessidade de continuarmos a avaliar o efeito de proteção destas áreas sobre os ecossistemas marinhos, para melhor compreendermos como melhor proteger as comunidades de peixes”, reforça.
Saiba mais sobre a investigadora em: MARE
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