A matemática é, para muitos alunos, o principal bicho papão que os acompanha desde o básico até ao secundário. Para combater este preconceito, esta equipa de investigação desenvolveu uma aplicação que aproveita componentes sociais e de gamificação para dar apoio no ensino da matemática.
Mauro Figueiredo, professor no Instituto Superior de Engenharia da Universidade do Algarve (UAlg) e investigador do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) e do Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC), desenvolveu esta aplicação no âmbito do projeto MILAGE que já conta com dez mil utilizadores divididos entre professores e alunos do ensino básico ao secundário.
Financiado pelo programa ERASMUS+ da União Europeia, o projeto MILAGE surgiu com o objetivo de ajudar os professores e os alunos a aprender matemática.
“A aprendizagem da matemática é sempre uma tarefa difícil, quer para os alunos, quer para os professores porque é difícil motivar os alunos a aprender a matemática. O que nós pretendíamos era que pudéssemos utilizar os smartphones, na sala de aula e fora da sala de aula, e desta forma levar os alunos a utilizar estes dispositivos para a componente educativa e para os ajudar a melhorar as suas aprendizagens”, explica.
Neste projeto foi desenvolvida uma aplicação que os alunos podem descarregar gratuitamente para os seus dispositivos móveis e que podem usar para aprender matemática. Esta aplicação procura motivá-los essencialmente de duas formas, através de uma forte componente de gamificação onde os alunos vão ganhando pontos mediante a sua progressão, e através de vídeos educacionais produzidos pelos próprios professores.
“Estes vídeos educacionais são feitos por uma comunidade de professores que estamos a construir e com quem estamos a desenvolver um conjunto de exercícios e de vídeos que explicam como é que esses exercícios são resolvidos, sempre de acordo com os currículos nacionais”, acrescenta.
Esta aplicação, disponível para Android e iOS, permite que os alunos possam interagir uns com os outros, não apenas através de uma componente social, mas também como ferramenta de auto e heteroavaliação entre pares.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | UAlg | CIMA
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