Esta tecnologia vai ajudar os profissionais de saúde a confirmar que os pacientes com tuberculose estão a tomar a sua medicação de forma correta.
Dulce Gomes, docente no Departamento de Matemática da Universidade de Évora (UÉ) e membro do Centro de Investigação em Matemática e Aplicações (CIMA), está a desenvolver um projeto que visa promover o uso de terapia diretamente observada por vídeo no combate à tuberculose no Brasil.
A terapia diretamente observada por vídeo (VDOT, sigla em inglês) é uma tecnologia que permite ao paciente gravar um vídeo de si próprio a tomar a medicação e enviá-lo para um profissional de saúde para que este confirme que o paciente está de facto a tomar a medicação correcta.
Financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, e Inovações do Brasil, este projeto pretende usar esta tecnologia para avaliar e controlar o tratamento da tuberculose neste país.
A tuberculose é ainda uma doença extremamente letal. Segundo o último relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) os doentes sem tratamento têm uma taxa de mortalidade de 50%, enquanto os pacientes que recebem tratamento têm cerca de 85% de probabilidades de serem curados.
“O sistema VDOT permite que o indivíduo faça a sua toma de modo síncrono, ou seja, estando em qualquer sítio ele pode estar a falar diretamente com o profissional de saúde enquanto faz a sua toma, como pode fazê-lo de modo assíncrono, ou seja, gravando a sua toma e depois enviando o vídeo para o profissional de saúde”, explica.
Nos países em que esta metodologia tem sido aplicada os resultados têm sido bastante favoráveis o que para Dulce Gomes mostra que esta tecnologia é muito mais flexível que os métodos convencionais, permitindo que os indivíduos que ainda sentem algum estigma relativamente à doença não abandonem o tratamento.
Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | UÉ
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