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Ep. 408 Luís Miguel Rosalino – A biodiversidade dos eucaliptais. Um deserto ou uma oportunidade de conservação?

June 15, 2018

ep408_interiorPortugal tem a maior área florestal de eucalipto na Europa. Este estudo quer conhecer qual o impacto ambiental dos eucaliptais nos mamíferos carnívoros. São os eucaliptais desertos de biodiversidade? Ou podem estes ser usados para a conservação de espécies em risco?​


Luís Miguel Rosalino, professor do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro (UA) e investigador no Centro de Estudos de Ambiente e do Mar (CESAM) da mesma universidade, foca a sua investigação na gestão e conservação de vida selvagem.

“A ideia que está subjacente a este projeto é que na Europa temos muito poucas áreas que têm na realidade um cariz natural ou intocável e portanto a maior parte das nossas áreas são de alguma forma áreas de produção. Tendo em conta este contexto é importante olharmos para estas áreas de produção, áreas agrícolas ou áreas florestais como áreas que de alguma forma possam ter um papel importante na conservação das espécies, porque na realidade elas dominam muitas das nossas paisagens”, explica.

Este projeto vai tentar perceber qual é o papel das áreas de produção, neste caso áreas silvícolas e áreas de produção de eucalipto para a conservação da biodiversidade usando como modelo os mamíferos carnívoros.

“Tendo em conta que Portugal é o país que tem as maiores áreas de extensão de eucalipto na Europa, vamos focar-nos em tentar perceber qual é a estrutura das florestas de eucalipto que permite que elas sejam usadas por estas espécies. Tentar perceber de que forma elas são usadas, quais são os padrões de uso dessas áreas e posteriormente tentar olhar para a forma como as áreas são geridas de forma a podermos também fornecer aos gestores informação de quais são as melhores estratégias para compatibilizar os valores de biodiversidade que elas possam conter com o objectivo primordial destas áreas que é a produção, que é rentabilidade das áreas”, revela.

A ideia final é que o projeto consiga dar informação que permita às entidades responsáveis gerirem as áreas de uma forma sustentável que permita compatibilizar as duas coisas, ou seja, a produção e a conservação da natureza.

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Google Scholar | UA

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