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Ep. 431 Carlos Barros – “Famílias pelo Mundo”: Estudo quer conhecer as dinâmicas das famílias portuguesas com filhos ou pais emigrados

July 18, 2018

ep431_interiorQuem são estas famílias? O que motiva a emigração? As relações familiares e as vivências da família ficam a perder ou a ganhar quando um dos elementos desta família está geograficamente distante?​


Estas são algumas das questões que Carlos Barros, investigador no Centro de Investigação em Ciência Psicológica (CICPSI) da Universidade de Lisboa (UL), procura responder no seu projeto “Famílias pelo Mundo”.

Integrado na sua tese de doutoramento, o projeto “Famílias pelo Mundo” pretende estudar a ligação entre família e emigração com o objetivo de compreender a realidade de um número crescente de famílias portuguesas que veem alguns dos seus elementos a viver fora do país.

“Algumas das questões que colocamos são: Quem são estas famílias? O que motiva a emigração? Quais são os riscos ou as fragilidades? Quais os recursos ou forças que estas famílias têm? Como é que as relações familiares e as vivências da família ficam a perder ou a ganhar quando um dos elementos desta família está geograficamente distante? Queremos perceber como é que as gerações se entreajudam ou não, neste contexto de potencial adversidade”, salienta.

Carlos Barros reforça que estudo qualitativo não pretende, por enquanto, ser representativo da realidade portuguesa, pretende sim ser um estudo para a formulação de um modelo teórico focado em entender como a solidariedade entre gerações pode potenciar o bem-estar ou o risco entre essas famílias.

O estudo vai analisar o paradigma familiar não só das pessoas que emigram, mas também dos familiares que ficam em Portugal. Que impacto tem a distância na solidariedade familiar? Como é mantida a rede de suporte dentro da família? Que novas tradições surgem motivadas pela distância?

“No fundo queremos saber como é vivida a emigração em família, como são conjugadas estas realidades. Como é ser emigrante, como é ser deixado “para trás”, e como é construir um projeto migratório em que não somos só nós. Não temos esta visão reduzida que a emigração é só o indivíduo que vai, a emigração é o contexto em que o indivíduo vive e o contexto que ficou para trás, mas com o qual pode querer ou não manter contacto. O nosso objetivo é tentar encontrar uma ilustração para estas questões”, explica.

Caso tenha interesse em partilhar o seu testemunho com o projeto “Famílias pelo Mundo”, pode entrar em contacto com a equipa através do facebook ou do site deste estudo.

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin

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