Este grupo de investigação está a estudar os processos que ocorrem durante o desenvolvimento embrionário e fetal que levam à origem desta doença.
Gabriela Rodrigues, professora auxiliar do Departamento de Biologia Animal da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e investigadora do Grupo de Desenvolvimento e Evolução da Morfogénese no CE3C – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Climáticas, está a estudar o papel do ambiente extracelular no desenvolvimento da doença MDC1A, uma distrofia muscular congénita.
A MDC1A é uma distrofia muscular congénita caracterizada por uma fraqueza muscular muito acentuada e com uma esperança média de vida de cerca de dez anos. Atualmente, a MDC1A é apenas diagnosticada à nascença e ainda não existe cura para esta doença rara.
O grupo de Gabriela Rodrigues procura perceber como funcionam os mecanismos que dão origem a esta doença durante o desenvolvimento embrionário e fetal.
Esta investigação vai estudar a interação das células do embrião com a matriz extracelular, o ambiente que envolve as células. Mais concretamente, como esta doença afeta o tecido muscular, Gabriela Rodrigues está a analisar a interação entre as células musculares do feto ou do embrião com o seu microambiente.
“Estamos a ver se existe um esgotamento das células musculares estaminais. Isso poderá explicar em grande parte os sintomas que se verificam depois da nascença”, revela.
No laboratório, a sua equipa está a separar a matriz extracelular destas células com o intuito de compreender como este ecossistema afeta o comportamento das células musculares estaminais.
“Esta interação pode justificar este esgotamento que em grande medida é aquilo que depois da nascença acaba por dar origem aos sintomas que já conhecemos”, acrescenta.
Os resultados desta investigação podem levar ao desenvolvimento de novas técnicas de diagnóstico e de tratamento preventivo para esta doença.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | CE3C