O objetivo deste estudo é identificar nos padrões de ferro do soro de pacientes infetados com o vírus SARS-COV-2, parâmetros que permitam prever a evolução da doença.
Maria Salomé Gomes, investigadora no i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde e professora no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto (UP), está a desenvolver esta investigação em parceria com o Hospital de São João.
“Com este projeto pretendemos estudar padrões de ferro em indivíduos infecados com SARS-COV-2. Vamos estudar no soro destes doentes alguns marcadores que nos permitem perceber qual é o seu estado, em relação ao metabolismo do ferro, e relacionar esses marcadores com a evolução da doença COVID-19”, explica.
A ideia é perceber se existe uma correlação entre os perfis de metabolismo do ferro de cada paciente e a evolução da doença. Ou seja, se um padrão se correlaciona mais com a vertente mais grave da doença, e se outros padrões se correlacionam com a vertente mais ligeira ou até mesmo com a ausência de sintomas.
“Nós vamos ter acesso a amostras de soro de três grupos de indivíduos, pessoas que nunca entraram em contacto com o agente da COVID-19, pessoas que entraram em contacto com o vírus mas nunca tiveram doença, e aquelas que de facto tiveram doença”, conta.
Com base no soro destes três grupos vai ser medida e analisada a correlação entre os parâmetros de ferro e a gravidade da doença.
Segundo Maria Salomé Gomes, a expetativa do seu grupo é que esta informação possa ser usada pelos clínicos no primeiro momento de diagnóstico da doença, de forma a que estes possam assim prever como a COVID-19 irá evoluir num determinado paciente, podendo assim ajudá-los a gerir melhor o tratamento do doente.
Saiba mais sobre a investigadora em: i3S | ICBAS
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