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Ep. 80 Mário Vairinhos – Realidade Aumentada auxilia cirurgiões na remoção de pedras dos rins

March 13, 2017

ep080_interiorParece vir de um filme de ficção científica mas é bem real. Este sistema de realidade aumentada permite digitalizar os órgãos do paciente para que o cirurgião os possa visualizar em tempo-real sem a necessidade de recorrer a técnicas de radiologia.​​


Mário Vairinhos, docente na Universidade Aveiro (UA) no Departamento de Comunicação e Arte (DeCA) e investigador na Unidade de Investigação DigiMedia, é o responsável pelo projeto Realidade Aumentada no Procedimento Cirúrgico que se encontra atualmente a ser testado em cirurgias de remoção de pedras dos rins.

“Este projecto vai permitir ao cirurgião ver o interior do paciente, usando um dispositivo de visualização em realidade aumentada, portanto uns óculos que permitem combinar a informação digital, como os órgãos digitalizados previamente e posicioná-los no campo de visão no interior do paciente”, descreve.

Este sistema tem como principal vantagem simplificar o processo de visualização do interior do paciente. Atualmente, no caso de remoção de pedras dos rins, são usadas técnicas de radiologia para que o cirurgião consiga visualizar o rim e o interior do paciente, contudo, este projeto possibilita que o cirurgião possa ver virtualmente o interior do paciente, permitindo ao médico introduzir os instrumentos que necessita, tornando menos invasivo todo o procedimento.

“Há uma nova geração de médicos que olha com muita pouca desconfiança e que consegue perceber as vantagens que esta tecnologia traz. Pode reduzir o tempo de uma cirurgia, o que pode ter um impacto muito positivo em tempos de lista de espera. Todas estas características trazem proveitos para o paciente, para o Hospital e torna mais confortável todo o procedimento”, reforça.

Este projeto conta com o apoio da empresa britânica ECmedica LTD, e encontra-se neste momento em fase de transformação em produto.

“Do ponto de vista da sua implementação e transformação num futuro produto, temos um protótipo funcional que foi testado com os nossos colegas médicos que também participaram neste projeto, nomeadamente, o Ben Turner do Hospital de Boston no Reino Unido, que efetua cirurgias de laparoscopia de forma não invasiva, e os testes que fizemos são muito promissores”, salienta.

Saiba mais sobre o investigador em: LinkedIn | Researchgate | UA

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