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Ep. 1946 Joana Pinto da Costa – Pessoas com menos escolaridade e com empregos não qualificados foram mais vulneráveis à COVID-19

February 10, 2025

Este estudo usa testes serológicos e coortes populacionais para avaliar a prevalência da COVID-19 na cidade do Porto.


Joana Pinto da Costa, estudante de doutoramento em saúde pública no Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), está a estudar a epidemiologia da COVID-19 na cidade do Porto.

Numa primeira fase foram usados testes serológicos para avaliar a prevalência da infeção pelo vírus SARS-COV-2 nas populações da cidade do Porto.

“Uma vez que no início da pandemia o acesso aos testes era muito limitado, nós não sabíamos a verdadeira extensão da infeção. Os testes serológicos permitiram-nos saber quem é que já esteve infetado e conhecer melhor qual é que seria a extensão da doença”, explica.

Os dados preliminares mostraram que apenas uma em cada oito pessoas com evidência serológica de infecção tinha sido diagnosticada para a COVID-19.

Estes dados demonstraram também que pessoas com menos escolaridade e com trabalhos menos diferenciados apresentavam um maior risco de infeção ao longo da pandemia.

Foram ainda avaliados doentes com COVID-19 longa para perceber qual seria a frequência e a distribuição desta condição.

A COVID-19 longa é caracterizada pela persistência de sintomas meses após a infeção.

“Percebemos que cerca de um terço destes pacientes tinham esta condição e que esta era mais frequente entre mulheres e pessoas com comorbilidades que necessitaram de ser internadas numa fase inicial e que percebiam os seus rendimentos como insuficientes”, revela.

Saiba mais sobre a investigadora em: ISPUP

 

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