Este estudo olhou para eventos e ações como os comboios de bicicletas ou a cooperativa Fruta Feia.
Rita Ochoa, arquiteta e docente na Universidade da Beira Interior (UBI) e investigadora no Centro de Investigação em Arquitetura, Urbanismo e Design (CIAUD) da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa (FAUL), está a desenvolver o Intermittent City um projeto que visa estudar as dinâmicas de eventos e ações pontuais ou espontâneas que ocorrem na cidade.
O Intermittent City tem como objetivo explorar um conjunto de dinâmicas, ações, actividades, e objetos na cidade contemporânea que têm em comum o facto de ocorrerem em espaços urbanos de forma temporária e terem um tempo limitado.
“Podem durar desde um dia, uma hora, ou um mês. Estes fenómenos têm essa temporalidade em comum, mas também têm a característica de proporcionarem a partilha de espaços, edifícios, bens ou serviços no espaço urbano”, acrescenta.
Neste sentido, o projeto pretende trabalhar com fatores como a incerteza, aquilo que pode ser inesperado, e aquilo que é incerto na cidade.
“O tempo da cidade, o tempo urbano, não é linear e o projeto parte deste pressuposto. Como é que nós devemos agir, como é que nós podemos lidar com aquilo que é incerto, com aquilo que não estamos à espera? Se pensarmos em formas mais flexíveis de intervir e de projetar o espaço urbano, podemos economizar mais recursos, e ir mais de encontro àquilo que são as premências urbanas”, explica.
O Intermittent City é um projeto de investigação exploratório financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | UBI
Crédito Foto Banner: Comboio da Sarah Afonso